31 de jan. de 2009

Da catarse ao caos

E se não for pelo Fla-Flu, como crer na eternidade? E se não fosse o gol.....antes tudo aqui era desequilíbrio, milagres de meio de esquina. O mundo de petróleo e sangue se desfaz no choro das massas. Por de trás da multidão uma lente de espinhos filma o que nenhuma televisão consegue captar. Já se pode ver aurora no silêncio de onde enxergam os astronautas do asfalto e até ´´os idiotas que os raios de Deus ferem e iluminam``.

Engolimos as chaves de casa e celebramos esse pó de cal e arroz que cai no sonho, na máquina radioativa de Mickey e Rivelino que é a única que interessa nesse mundo desolado. As senhas decoradas se desfazem por um milésimo de segundo nesse eclipse total nocauteado no estômago, ou mais claramente na barriga daquele certo Renato que já nasce mitológico. Enquanto isso, Assis faz explodir as flores de pólvora do infinito em Flávio. Que abismo de asa nesse céu se rasga? E se não for pelo Fla-Flu, como crer na eternidade?

7A

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