4 de fev. de 2009

fonte: revista trip (http://revistatrip.uol.com.br/150/osho/01.htm)

Barbudo, olhos negros e profundos, Osho ficou famoso por proferir palestras diariamente na cidade que construiu no deserto do Oregon, nos EUA. Andava de Rolls Royce (chegou a ter 93 modelos) e vivia cercado de virgens putativas carcarejando e mulheres libertinas das mais variadas etnias. Automóveis à parte, ao permitir total liberdade no sexo, montou um ashram — ainda mais luxuoso e funcional que o indiano — na América. Rajneesh e seus discípulos se instalaram em um terreno no deserto do Oregon. Em três anos, foi criada ali uma “cidade” de nome Rajneeshpuram. O lugar, até então árido, virou um oásis auto-suficiente habitado por 5 mil pessoas: dispunha de dois hotéis, aeroporto, universidade, escolas, centros médicos e tecnológicos. A instalação dessa comuna em terra americana, somado ao discurso libertário e revolucionário de Osho, desagradou ao governo americano — que passou a dar batidas policiais e a perseguir pessoas vestidas de roxo pelas cidades do país. Osho estava em voto de silêncio: aparecia uma vez por dia sentado num trono enquanto à sua volta pessoas dançavam. Era conduzido em um Rolls Royce sobre o qual um avião jogava rosas vermelhas. O mundo, segundo Osho, iria acabar. Assim Osho descreveu o Apocalipse: Começaria em 1992, acabaria em 1997 e seus seguidores deveriam vender tudo e doar a grana para ele. O grupo Osho International Foundation, criou uma casa para o mestre com 14 pavões brancos servindo de decoração viva. “Os Estados Unidos o transformaram num bin Laden”, lembra Setu, devoto até hoje. “Ameaçaram cortar relações com qualquer país que o recebesse”, diz. Expulso de 21 nações, entre elas Grécia, Espanha, Alemanha, Irlanda e Uruguai, o indiano acabou aceito por seu país natal. Tentou retomar a antiga rotina de seu ashram, mas tudo já funcionava de acordo com a administração da Osho International Foundation. Em 1990, chegou ao fim sua passagem por esse planeta graças a um ataque cardíaco. Muitos de seus discípulos defendem a teoria de que a morte de Osho teria sido conseqüência de um envenenamento por tálio radioativo, provocado durante os dias em que ficou preso nos Estados Unidos, em 1985.


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