27 de jun. de 2010

Bola de Cristal 4 (por Rô)

Bola e Poder

Brasil Hexa seria o clímax do governo do Lula. Já pensou?

Antes de começar qualquer tipo de discussão, vou logo avisando que não sou a favor nem contra, muito pelo contrário.

Só quero chamar atenção para esse outro prolongamento do fenômeno Futebol: a política.

Temos falado da “promiscua” relação futebol-midia, mas essa aí vai além. Não só o Futebol, mas o esporte em geral, sendo o “o velho e violento esporte bretão” como diria Luiz Mendes, outro grande radialista, o mais popular, e por isso mesmo, mais visado pelos políticos.

Nem precisa googlar, basta lembrar que isso já rolava na Grécia – o que eram os Jogos Olímpicos, senão uma forma de o Estado manter os cidadãos sarados para a guerra? Como esquecer o interesse de Hitler pelo esporte?


E Mohamed Ali se negando a ir pro Vietnã? Ou as falcatruas definitivas do Regime Militar Argentino na Copa do Mundo de 78?

No Brasil todos os governos sempre tentaram capitalizar as conquistas da nossa Seleção. De JK ao próprio Lula. Minto. Já em 1950 os políticos conseguiram desandar a maionese de véspera, exigindo que os jogadores posassem de vencedores antes mesmo do jogo.

E já se esqueceram do episódio bizarro da distribuição de fuscas do Maluf aos campeões de 70?

Essa foi, aliás, a copa mais politizada entre nós. Confesso que tive várias tentações de torcer contra, mas a Seleção é Brasil e, por mais calhordas e/ou truculentos que sejam nossos políticos, está acima dessas mesquinharias.

Foi brabo torcer por um time que o general presidente queria se meter na escalação do time e cujo treinador foi mudado em cima da hora por pressões políticas. Mas lá estavam Pelé, Tostão, Gerson, Rivelino, Brito, Jair, PC Caju, gente da melhor qualidade e ainda outros que ficaram de fora, como o genial Dirceu Lopes e o desconcertante Edu, companheiro de Pelé no ataque do Santos, titular do time do Saldanha, terceiro reserva no time do Zagalo.

A ditadura deitou e rolou no conceito “Pátria de chuteiras” criado pelo sempre genial Nelson Rodrigues. Por falar em genialidade, parece que nada mais se cria. E não faltam bons jornalistas.

A Copa de 70 desencadeou uma onda patriótica. Brasil viveu a Era do Milagre Econômico, a música do tri (90 milhões em ação, pra frente Brasil...) composto pelo genial Miguel Gustavo, jinglista e publicitário, sambista tocador de caixa de fósforos, abriu caminho para slogans mais agressivos do tipo “Ame-o ou deixe-o”. Surgem compositores especializados em marchinhas nacionalistas (leia-se fascistas) como Dom e Ravel.

“Eu te amo meu Brasil eu te amo...”

Uma dessas canções da dupla, muito bem feita, por sinal, foi adotada pela torcida do Flamengo ano passado, no Brasileirão.

Tudo bem, assim é se lhe parece, pátria de chuteiras, Estado como representação da sociedade, futebol como representação de cultura e nacionalidade. Em minha opinião, nada disso ajuda. O futebol é apenas um jogo, uma manifestação lúdica, brincadeira. Não fosse o jogo da bola assim tão atraente e emocionante, todo esse em torno de simulacros e representações, simplesmente não existiria. Simples assim.

Olha só que figuraças, um deles já falecido. O Brasil inteiro cantou com essa dupla, agora só a nação rubro-negra continua cantando, o que prova mais uma vez que música como a bola tem vida própria.

Maluf distribui fuscas as Tricampeões ...

...Lula mimoseia o chefe do Império com uma “amarelinha”

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Pegadinha do Dunga – atenção crianças

DUNGA se acha um MESTRE?

Dunga é um cara DENGOSO?

Por que Dunga vive ZANGADO?

Não esta na hora de Dunga acordar dessa SONECA?

Será que o time do Dunga vai nos fazer FELIZ?

Não está faltando alguém nesse time?

Resposta: Sim. Tá faltando o ATCHIN

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