30 de jun. de 2010

Bola de Cristal N°5 (por Rô)

Os pés pelas mãos

É tudo com ela.
A mão é soberana
Faz e acontece
Tem um misterioso pacto
Com o pensamento
Abre fecha
Puxa, empurra, segura.
Seu decantado design
É invenção de gênio.

Quando quisemos evoluir
Inventamos instrumentos
Aparelhos
Equipamentos
Prolongamentos
Seus (dela).
Querendo evoluir mais
Criamos sinais
Gestos
Alfabetos
E cada novo passo
Damos com as mãos.

Metida com o amor
E a morte
A mão é mais que real
É símbolo
Imagem
poder
Quanta habilidade talento
Quantos verbos
Tudo com ela.

De repente o planeta para
Bilhões
Atrás de TVs e Telões
Em campo
Pés protagonistas
Contam histórias
Onde são sempre
os grandes vencedores;
aqui, só aqui
diante de todo mundo
as mãos sempre perdem.

E todas as Mãos aplaudem.

Um comentário:

Anônimo disse...

Belo poema trocando os pés pelas mãos. O futebol, o ludopédio é jogo tão impossível que é jogado com os pés que é usado para não cair. Jogador chuta com os dois e não cai!

Estas mãos emprestam dinheiro a juros usurários, ferem e matam!

Que aplaudam o pé que beija a bola, a mão só serve pra isso e para impedir o gol.

7D